terça-feira, 4 de maio de 2010

Eventos-Sobrevivência Punk II

Em Itajubá-MG
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Eventos-Isso é Amnésia Coletiva

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Filme: Botinada – A origem do Punk no Brasil

botinada

Ficha Técnica
Nome: Botinada: A Origem do Punk no Brasil
Duração: 110 minutos
Direção: Gastão Moreira
Ano: 2006 – Brasil
Gênero: Documentário

Dirigido por Gastão Moreira (jornalista e ex-apresentador da MTV Brasil e do programa “Musikaos” da TV Cultura), Botinada: A Origem do Punk no Brasil apresenta a história do movimento punk, que se formou em diversas regiões do Brasil, principalmente São Paulo e Brasília, no começo da década de 80, influenciado inicialmente pelos movimentos surgidos na Inglaterra e Estados Unidos durante o final da década de 70.

Este documentário foi construído através de diversos relatos daqueles que participaram ativamente do movimento e o vivenciaram desde o seu início. Figuras que marcaram a cena musical punk paulista e brasiliense, além de outros que freqüentaram os locais de encontro da juventude punk (como o Hangar 110, na zona norte; o Largo de São Bento e a Galeria do Rock, ambos no centro de São Paulo) dão seu depoimento sobre este movimento de natureza controversa e rebelde, tentando definir seu objetivo e as suas origens, mostrando as suas peculiaridades em relação aos exemplos estrangeiros.

O filme aborda inicialmente a definição de “punk”, tentando construir uma identidade para o movimento e os indivíduos que o formavam. Apesar de apresentar diversas opiniões, Botinada propõe o punk como um movimento de rebeldia e contestação, causado pelas opressões cotidianas sofridas pelas camadas mais carentes da sociedade. As origens do punk no Brasil, outro ponto relevante para a compreensão do termo, também é trabalhado pelo diretor a partir dos depoimentos que apontam que, além das bandas de punk rock, as gangues que surgiram no final da década de 70 também foram as pioneiras do movimento no Brasil.

Assim como sua imagem e sua crítica à sociedade, o nascimento do punk se deu de forma violenta. A rivalidade entre os grupos do ABC paulista e da Capital foi responsável por brigas, agressões e mortes entre os membros de gangues e pela desarticulação interna do que viria a ser o “movimento punk”.

Apesar da rivalidade existente entre eles, o movimento começou a tomar forma e a expor sua crítica social ainda no início da década de 80, através das bandas que surgiram influenciadas pelo punk rock americano e inglês. Os discos de bandas como MC5, The Stooges, NY Dolls, Ramones, Sex Pistols e The Clash, além de muitas outras, chegaram ao Brasil, foram difundidas por meio de cópias em fitas K7 e se tornaram exemplo da iniciativa de se tocar Rock’n’roll de maneira acessível e simples, sem a necessidade da técnica elaborada ou da estrutura de grandes gravadoras.

As bandas percussoras do punk rock no Brasil como Banda do Lixo, Olho Seco, Inocentes, Restos de Nada, Passeata, Ulster e Cólera, através de shows em locais improvisados, puderam difundir a cultura punk e alcançar os veículos de mídia ainda nos anos 80. Outra iniciativa que colaborou para a consolidação do punk rock foi o lançamento, em 1982, do disco “Grito Suburbano”, uma compilação de 12 faixas gravadas pelas bandas Inocentes, Olho Seco e Cólera, que ganhou grande destaque na cena, proporcionando show em locais maiores e uma maior exposição do movimento.

Os festivais “Começo do Fim do Mundo” e os shows realizados na PUC-SP (com o apoio do DCE da Universidade, que, na época, era anarquista), ainda no ano de 1982, proporcionaram a conciliação dos grupos rivais e o fim das hostilidades. A repressão policial nesses eventos e a violência empregada contra os punks conseguiram unir os grupos rivais e lembraram os pontos em comum que estes possuíam. Além do mais, a exposição nos festivais e o incrível número de pessoas presentes provaram o tamanho do movimento e mostraram a sua força na mídia.

No entanto, as brigas eram inevitáveis entre alguns grupos. Este grande número de conflitos deu munição à grande mídia para deturpar as intenções do movimento e jogar a sociedade contra os punks. A imagem negativa construída pelos jornais acarretou em demissões de punks em diversos locais e justificou as ações da polícia militar para reprimir de maneira violenta o movimento, provocando a dispersão dos seus membros.

O documentário termina mostrando o destino daqueles que fizeram parte da construção do movimento. De profissionais liberais, diretores de empresas, pais de família a produtores musicais, os membros desse movimento de 1982, tomaram rumos diversos e deixaram os acontecimentos destes anos apenas na memória dos que ainda escutam punk rock e se identificam com os ideais do movimento. Apesar de mostrar esse refluxo de um grupo que poderia ter conquistado muito além do que se tornou de fato possível, as melhores frases que podem definir os frutos desse movimento no Brasil são as de Clemente (vocalista dos Inocentes) e do jornalista Fábio Massari ainda no começo do documentário:

” (Clemente)

O legal é que sempre vai ter, onde quer que seja, independentemente da época, sempre vai ter um sujeito na garagem, com a guitarra, rasgando ali aqueles três ou quatro riffs.” (Massari)

Nesse sentido, o pensamento punk ainda vive nas bandas independentes que surgiram após esse período.

O movimento punk influenciou toda a cena musical brasileira da década de 80. Bandas como Ira, Titãs, Capital Inicial, Plebe Rude, e outras tantas – tanto de Brasília, como de São Paulo ou Rio de Janeiro –, beberam na fonte das letras de protesto, na simplicidade do som e na representação violenta de sua imagem.

Punk rock brasileiro-Livros sobre o movimento punk