terça-feira, 4 de maio de 2010

Eventos-Sobrevivência Punk II

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Eventos-Daruma fest

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Eventos

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Eventos-Isso é Amnésia Coletiva

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Filme: Botinada – A origem do Punk no Brasil

botinada

Ficha Técnica
Nome: Botinada: A Origem do Punk no Brasil
Duração: 110 minutos
Direção: Gastão Moreira
Ano: 2006 – Brasil
Gênero: Documentário

Dirigido por Gastão Moreira (jornalista e ex-apresentador da MTV Brasil e do programa “Musikaos” da TV Cultura), Botinada: A Origem do Punk no Brasil apresenta a história do movimento punk, que se formou em diversas regiões do Brasil, principalmente São Paulo e Brasília, no começo da década de 80, influenciado inicialmente pelos movimentos surgidos na Inglaterra e Estados Unidos durante o final da década de 70.

Este documentário foi construído através de diversos relatos daqueles que participaram ativamente do movimento e o vivenciaram desde o seu início. Figuras que marcaram a cena musical punk paulista e brasiliense, além de outros que freqüentaram os locais de encontro da juventude punk (como o Hangar 110, na zona norte; o Largo de São Bento e a Galeria do Rock, ambos no centro de São Paulo) dão seu depoimento sobre este movimento de natureza controversa e rebelde, tentando definir seu objetivo e as suas origens, mostrando as suas peculiaridades em relação aos exemplos estrangeiros.

O filme aborda inicialmente a definição de “punk”, tentando construir uma identidade para o movimento e os indivíduos que o formavam. Apesar de apresentar diversas opiniões, Botinada propõe o punk como um movimento de rebeldia e contestação, causado pelas opressões cotidianas sofridas pelas camadas mais carentes da sociedade. As origens do punk no Brasil, outro ponto relevante para a compreensão do termo, também é trabalhado pelo diretor a partir dos depoimentos que apontam que, além das bandas de punk rock, as gangues que surgiram no final da década de 70 também foram as pioneiras do movimento no Brasil.

Assim como sua imagem e sua crítica à sociedade, o nascimento do punk se deu de forma violenta. A rivalidade entre os grupos do ABC paulista e da Capital foi responsável por brigas, agressões e mortes entre os membros de gangues e pela desarticulação interna do que viria a ser o “movimento punk”.

Apesar da rivalidade existente entre eles, o movimento começou a tomar forma e a expor sua crítica social ainda no início da década de 80, através das bandas que surgiram influenciadas pelo punk rock americano e inglês. Os discos de bandas como MC5, The Stooges, NY Dolls, Ramones, Sex Pistols e The Clash, além de muitas outras, chegaram ao Brasil, foram difundidas por meio de cópias em fitas K7 e se tornaram exemplo da iniciativa de se tocar Rock’n’roll de maneira acessível e simples, sem a necessidade da técnica elaborada ou da estrutura de grandes gravadoras.

As bandas percussoras do punk rock no Brasil como Banda do Lixo, Olho Seco, Inocentes, Restos de Nada, Passeata, Ulster e Cólera, através de shows em locais improvisados, puderam difundir a cultura punk e alcançar os veículos de mídia ainda nos anos 80. Outra iniciativa que colaborou para a consolidação do punk rock foi o lançamento, em 1982, do disco “Grito Suburbano”, uma compilação de 12 faixas gravadas pelas bandas Inocentes, Olho Seco e Cólera, que ganhou grande destaque na cena, proporcionando show em locais maiores e uma maior exposição do movimento.

Os festivais “Começo do Fim do Mundo” e os shows realizados na PUC-SP (com o apoio do DCE da Universidade, que, na época, era anarquista), ainda no ano de 1982, proporcionaram a conciliação dos grupos rivais e o fim das hostilidades. A repressão policial nesses eventos e a violência empregada contra os punks conseguiram unir os grupos rivais e lembraram os pontos em comum que estes possuíam. Além do mais, a exposição nos festivais e o incrível número de pessoas presentes provaram o tamanho do movimento e mostraram a sua força na mídia.

No entanto, as brigas eram inevitáveis entre alguns grupos. Este grande número de conflitos deu munição à grande mídia para deturpar as intenções do movimento e jogar a sociedade contra os punks. A imagem negativa construída pelos jornais acarretou em demissões de punks em diversos locais e justificou as ações da polícia militar para reprimir de maneira violenta o movimento, provocando a dispersão dos seus membros.

O documentário termina mostrando o destino daqueles que fizeram parte da construção do movimento. De profissionais liberais, diretores de empresas, pais de família a produtores musicais, os membros desse movimento de 1982, tomaram rumos diversos e deixaram os acontecimentos destes anos apenas na memória dos que ainda escutam punk rock e se identificam com os ideais do movimento. Apesar de mostrar esse refluxo de um grupo que poderia ter conquistado muito além do que se tornou de fato possível, as melhores frases que podem definir os frutos desse movimento no Brasil são as de Clemente (vocalista dos Inocentes) e do jornalista Fábio Massari ainda no começo do documentário:

” (Clemente)

O legal é que sempre vai ter, onde quer que seja, independentemente da época, sempre vai ter um sujeito na garagem, com a guitarra, rasgando ali aqueles três ou quatro riffs.” (Massari)

Nesse sentido, o pensamento punk ainda vive nas bandas independentes que surgiram após esse período.

O movimento punk influenciou toda a cena musical brasileira da década de 80. Bandas como Ira, Titãs, Capital Inicial, Plebe Rude, e outras tantas – tanto de Brasília, como de São Paulo ou Rio de Janeiro –, beberam na fonte das letras de protesto, na simplicidade do som e na representação violenta de sua imagem.

Punk rock brasileiro-Livros sobre o movimento punk

Punk rock brasileiro-Atualidade

Mais recentemente, em 2007, a cena punk passa a sofrer novos ataques da mídia por crimes contraditórios cometidos por jovens que se assumiram como punks apesar de assasinarem um trabalhador que vendia pizzas em São Paulo por que o mesmo se negou a dar um desconto de 40 centavos no preço de um pedaço de pizza, entre outros casos menos comentados. Apesar de se assumirem como punks, as atitudes desses jovens batem de frente com muitos ideais punks como o anti-consumismo e a defesa à classe trabalhadora (que formava a maior parte do movimento nos anos 80).

A mídia sempre teve tendência para perseguir punks. Os mesmos dizem que isso é devido ao fato dos punks em geral se posicionarem contra a mídia.

Uma matéria públicada no programa Fantástico, que denegriu o movimento punk de forma contundente, é lembrada negativamente por fãs do punk rock no Brasil, acusando-a de tornar muitos seguidores do movimento desempregados.

Punk rock brasileiro-História

O punk rock brasileiro nasceu como uma crítica ao regime militar brasileiro, implantado pelo golpe de 64, devido, principalmente à censura e à violenta repressão aplicadas pelo governo. Muitas canções da primeira geração do punk rock brasileiro são considerados, até atualmente, hinos de crítica ao governo.

As origens do punk no Brasil surgiram das idéias de muitos jovens que viviam no final da década de 70, o precursor foi o guitarrista Douglas Viscaino que teve as idéias pioneiras e junto com Clemente Tadeu construíram uma banda inspirada em bandas como MC5, The Stooges e Sex Pistols: A Restos de Nada. Assim, a banda surgida em meados de 1978 foi adquirindo sua forma punk. A partir daí, muitos outros grupos foram se formando, criando bandas no mesmo modelo e então formaram o movimento punk. As bandas faziam músicas em formato de discurso, que faziam críticas ao governo e a sociedade. Apesar da Restos de Nada ter sido a precursora do punk brasileiro, só foi gravar seu primeiro álbum em 1987.

O primeiro álbum de punk rock brasileiro foi o Grito Suburbano, compilação DIY com Inocentes, Olho Seco e Cólera . Em 1982 o primeiro grande evento, O Começo do Fim do Mundo, surgiu como o marco inicial do punk rock brasileiro, com 20 bandas da cidade de São Paulo e do ABC paulista. A apresentação terminou em um confronto com a polícia.

Houve também o surgimento de importantes bandas de punk rock em Brasília, como o Aborto Elétrico.

No final da década de 80 e início da década de 90, o punk rock brasileiro teve algumas baixas com bandas se separando, mudando de estilo, casas de shows sendo fechadas e estagnação criativa.

Nos anos 90 o punk rock voltou com tudo a cena no Brasil, muito graças à divulgação do estilo pela internet e pelo então interesse de algumas gravadoras e da mídia por novas bandas de rock.

Começaria então a era do hardcore melódico no Brasil, com nomes como Dead Fish e Garage Fuzz encabeçando a lista das dezenas de bandas que apareceram deste estilo que sugiram nos anos 90. Vendo a chance de voltar à ativa, muitas bandas da primeira geração voltaram com tudo à cena. Não que essas bandas tenham parado, mas estavam meio que "de férias forçadas", afundadas no ostracismo. Foram os casos de nomes importantes como Inocentes, Cólera e Garotos Podres, que a partir do final dos anos 90 retomaram de vez suas atividades e tiveram um novo recomeço.

A partir da segunda metade da década de 90, novas bandas de punk rock surgiram, resgatando o estilo original da década de 70, com pegadas street punk e com uma cara nova para o punk brasileiro. Dentre essas bandas destacam-se nomes como Lambrusco Kids, Excluídos e Flicts, todas formadas de 1995 para frente.

A partir do ano 2000, com novas casas de shows "underground" abrindo em todas as cidades brasileiras e com a firmação da Internet como veículo principal de divulgação das bandas, ocorreu uma verdadeira explosão na cena e os nomes de bandas se multiplicaram às centenas.

E também começa a partir de 2000 a era dos shows internacionais de bandas punks no Brasil, com destaque para o selo e produtora independente Ataque Frontal, que foi a grande responsável pela inserção da cena punk no Brasil no mapa do punk rock mundial, trazendo bandas consagradas para os palcos brasileiros, dentre elas: Stiff Little Fingers, UK Subs, Exploited, Lurkers, The Vibrators, GBH, Toy Dolls, Dead Kennedys, Agnostic Front, 999, Rezillos, entre muitas outras.

Punk rock brasileiro

O punk rock brasileiro surgiu como crítica à censura e à repressão do regime militar, no final da década de 70.

Movimentos Anarquistas

Esta doutrina utópica se organizou primeiro na Rússia, durante a segunda metade do século XIX. No final desse século, o anarquismo na França, Itália, Espanha e Estados Unidos, associou-se ao sindicalismo formando o anarco-sindicalismo.

Mas, os movimentos sociais dos democratas e comunistas, partidários das idéias Marxistas, derrotaram a proposta revolucionária anarquista internacional. Somente na Espanha ele continuou com uma grande força mas foi destruído em 1936, na guerra civil.

O mais brilhante dos anarquistas foi indiscutivelmente Bakunin, um filho de ricos aristocratas russos. Tornou-se revolucionário apartir das influências de Proudhon; participou das rebeliões parisienses e praguenses, em 1848 e 1849 respectivamente. Ele foi preso por vários anos e exilado na Sibéria. Quando retornou, em 1870, entrou nas revoltas de Lyon e Bolonha. Fez muitas críticas à Marx, tendo sido expulso da Primeira Internacional em 1872; com vários de seus companheiros ele fundou a Internacional Saint-Imier.

Além de Bakunin, Proudhon (seu mestre) e Kropotrin, o anarquismo conta com artistas, jornalistas e intelectuais em geral: como Oscar Wilde, George Orwell, Picasso, Emma Goldman, Malatesta e George Woodcock.

Em 1879, após a morte de Bakunin, que era chamado de gênio da destruição, a propaganda anarquista feita por Kropotkine, Reclus, Malatesta e outros, atravessou um novo período de efervescência revolucionaria, pelo menos na parte ativa pensante do proletariado francês.

O anarquismo, apesar da lei repressiva de 1872, que fez muitas vítimas, alastrava-se de uma maneira espantosa, através da palavra, imprensa e do fato, adquirindo o partido revolucionário, vastas proporções, como ficou visto no conselho de Marselha, onde os operários franceses, em um número enorme, se declaravam pelo anarquismo. Em Lyon, como em outros grandes centros industriais, as idéias libertárias desenvolveram-se largamente, tendo sido, no pequeno período de três meses, publicados 16 periódicos revolucionários e um grande número de folhas soltas.

Essas propagandas, não poderiam deixar de produzir os seus frutos. Em agosto de 1872 Montecaules- Mines, era um teatro de grandes tumultos revolucionários e a igreja de Bois-du-Verne foi incendiada por meio de dinamites. Em 21 de outubro, uma poderosa bomba explodia no teatro de Bollecour, sendo Civoet, apontado erradamente como autor desse atentado.

O governo assistia amedrontado o processo rápido das idéias libertárias, assim procurando um pretexto para "sufocar" o movimento que estava tendo os seus triunfos. Em 1883, 66 indivíduos, entre os quais se achava Pedro Kropotkine, preso em Thonon, eram levados ao tribunal de Lyon, acusados de pertencerem a uma organização internacional de "malfeitores". O juri era composto por burgueses covardes e infames, sendo dos 66 acusados 47 condenados a vários anos de prisão, outros expulsos, etc. Este processos foi um dos mais importantes episódio da história revolucionária.

Em fins do século XIX o movimento sindical fortaleceu intensamente o anarquismo, resultando no movimento chamado anarco-sindicalismo, que enfatizava que os sindicatos deveriam não só brigar por salários mas também se tornar agentes de mudanças sociais. Foi na Espanha que este movimento se tornou mais expressivo, até quando não pôde mais resistir às investidas do exército do ditador Franco. Na Itália e Alemanha, o anarquismo foi instinto pelos movimentos fascista e nazista.

O anarquismo ressurgiu depois da Segunda Guerra Mundial e se reativou na década de 60 com o ativismo de jovens europeus e americanos, o que resultou no movimento estudantil de 1968, em Paris. Discurso de Mikhail Bakunin no Congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores na Suiça, 1868 Detesto a comunhão, porque é a negação da liberdade e porque não concebo a humanidade sem liberdade. Não sou comunista, porque o comunismo concentra e engole, em benefício do Estado, todas as forças da sociedade; porque conduz inevitavelmente à concepção da propriedade nas mãos do estado, enquanto eu proponho a abolição do estado, a extinção definitiva do princípio mesmo da autoridade e tutela , próprios do Estado, o qual , com o pretexto de moralizar e civilizar os homens, conseguiu até agora somente escravizá-los, persegui-los e corrompê-los. Quero que a sociedade e a propriedade coletiva ou social estejam organizadas de baixo para cima por meio da livre associação e não de cima para baixo mediante da autoridade , seja de que classe for. Proponho a abolição da propriedade pessoal recebida em herança, a qual não é senão uma instituição de Estado, uma consequência direta dos princípios do Estado. Eis aí senhores por que eu sou coletivista e não comunista.

Anarquismo-Principais Idéias Anarquistas

Anarquismo é geralmente identificado como caos ou "bagunça", por ser uma doutrina política que defende a abolição de qualquer tipo de governo formal; mas, na verdade não é bem isso. Etimologicamente esta palavra é formada pelo sufixo de archon, que em grego significa governante, e an, que significa sem. Ou seja, anarquismo significa ao pé da letra "semgovernante". A principal idéia que rege o anarquismo é de que o governo é totalmente desnecessário, violento e nocivo, tendo em vista que se toda a população pode, voluntariamente, se organizar e sobreviver em paz e harmonia.

A proposta dos anarquistas é contraditória ao sistema capitalista mas, não deve ser confundida com o individualismo pois, como já foi dito, está fundamentada na cooperação e aceitação da realidade por parte da comunidade. De acordo com os principais pensadores anarquistas, o homem é um ser que por natureza é capaz de viver em paz com seus semelhantes mas órgãos governamentais acabam inibindo esta tendência humana de cooperar com o resto da sociedade.

Com isso, podemos perceber que uma sociedade anarquista não é algo totalmente descontrolado como todos pensam, muito pelo contrário, esta é uma sociedade bem estruturada e organizada, só que esta organização está baseada neste instinto natural do homem. Ou seja, ela depende da autodisciplina e cooperação voluntária, e não uma decisão hierárquica.

A sociedade cria uma construção artificial, na qual a ordem é imposta de cima para baixo, como em uma pirâmide. Já no anarquismo a sociedade não seria uma estrutura e sim um organismo vivo que cresce em função da natureza.

Por isso, os anarquistas abominam a formação de qualquer partido político pois estes acabam com a espontaneidade de ação, burocratizando-se e exercendo alguma forma de poder sobre o resto da população. Eles também temem as estruturas teóricas na medida em que estas podem se tornar autoritárias ou "sentenciosas".

Daí o anarquismo ser conhecido como algo vivo, e não uma simples doutrina, a ausência de poder e controle na mão de alguns torna o movimento anarquista algo frágil e flexível. A crítica ao poder do Estado leva à tentativa de inverter a pirâmide hierárquica de poder, o que formaria um sociedade descentralizada que procura estabelecer um relação de forma mais direta possível. A responsabilidade começa nos núcleos vitais de civilização, onde também são tomadas as decisões, local de trabalho, bairros, etc.. Quando estas decisões não são possíveis de ser tomadas, formam-se federações. O importante, porém, é manter a participação e aprovação de todas as pessoas envolvidas.

Os anarquistas criticam a forma de governar do parlamentarismo pois a representação corre o risco de entregar o poder à um homem inescrupuloso e hábil, que use as paixões do povo, para sua auto promoção. Quando as decisões abrangem áreas mais amplas são convocadas assembléias, com intuito de nomear delegados que estão sujeitos à revogação de seus cargos.

Apesar de o anarquismo ser diferente na Europa e Brasil, ele tinha uma mensagem comum nos dois: a liberdade e a igualdade só serão conquistadas com o fim do capitalismo e do Estado que o defende. O anarquismo considerava, assim como o socialismo, que a propriedade privada era o principal problema da sociedade, argumentando que os "recursos naturais da terra" pertencem à todos, ou seja, sua apropriação para uso pessoal é roubo. O sistema capitalista causou o empobrecimento e exploração de muitos para a riqueza e avareza de poucos. Os fortes obrigaram os fracos à servir e em uma luta incessante pela riqueza as diversas nações entraram em guerra. Assim, claramente, podemos perceber que o capitalismo foi criado para atender à necessidade de uma classe dominadora e exploradora e não ao resto da sociedade.

A socialização da propriedade, unicamente, não pode mudar nada, pois acabar com a propriedade privada sem acabar com o governo burocrático só faria com que se criasse uma classe privilegiada em sua própria preservação. Todas as formas de governo acabam usando de determinada doutrina para "roubar" a liberdade do homem e satisfazer a "casta governante". Todas, usam da repressão policial ou militar para impor a sua vontade diante do povo, e, as leis, de um modo geral, são decretadas pelos poderosos para legitimar sua tirania. Na sociedade capitalista quando os pobres protestam contra os ricos, a polícia e o exército entram em ação; mais tarde estes pobres reprimidos têm de pagar as despesas destes dois órgãos e ainda do judiciário, que servem para dominar os trabalhadores.

Os anarquistas insistem que os meios de propaganda e educação recebem o apoio e o controle do Estado, para perpetuar os objetivos deste. A religião, é uma importantíssima ferramenta para os burgueses pois pacífica o trabalhador, levando- o a aceitar a miséria sem protestos, induzindo-o a desistir de sua liberdade e aceitar a dominação dos que "roubam" o fruto de seu trabalho. As escolas são usadas para ensinar aos homens a obediência às instituições já formadas; homens são treinados para adorar o seu país, dispondo- se sempre a dar sua vida pelos interesses de sus exploradores.

Então, somente eliminando o Estado e a propriedade privada é que o homem será totalmente livre, de suas carências, dominação, para desenvolver seu potencial ao máximo. Em uma sociedade anarquista as leis e a violência serão desnecessárias pois os homens livres serão capazes de cooperar para o bem da humanidade. Nessa sociedade, a produção seria feita de acordo com as necessidades da população e não para o enriquecimento de alguns poucos; com o fim das propriedades privadas não haveriam mais assaltos, ninguém iria cobiçar o que é dos outros (pois nada seria dos outros); acabaria a exploração das mulheres, cada um poderia amar à quem quisesse, independentemente de sua classe social e grau de riqueza, sem ser necessário o casamento; não existiria mais a violência e nem as guerras, ninguém mais lutaria por riquezas e não existiria mais o nacionalismo, racismo, carência e competição.

Se há anarquistas que praticam atentados políticos, não é em função desta sua posição, mas sim uma resposta aos abusos, perseguições e à opressão sofrida por eles. Não são, portanto, atos anarquistas e sim de revolta inevitável por parte dos explorados contra a violência dos altos escalões.

Anarquismo-Governo e Anarquia

A anarquia é erradamente associada ao caos, desordem e bagunça, seu verdadeiro sentido veio da palavra grega anarckos que significa "sem governo".

O anarquismo confia na convivência pacífica dos seres humanos, numa estrutura autogestionária, isto é, sem regras, autoridades e hierarquias. Valorizando apenas e sobretudo a liberdade natural de cada indivíduo.

A militância anarquista atua em diversos campos sociais, políticos e culturais. De maneira ora pacífica (através de eventos, manifestações, boicotes e panfletagens) ora violenta. Tal violência é usada apenas pelos mais radicais e em casos extremos, em reação às silenciosas bombas do estado: A bomba desemprego, a bomba salário mínimo, a bomba latifúndio, a bomba saúde terminal e a bomba ensino burro dentre outras.

Todos podem agir anarquicamente em suas vidas, valorizando sua liberdade individual, resistindo à regras estúpidas, contestando regulamentos, hierarquias e ditos poderes e recusando serem governados e manipulados.

Anarquismo-Alexandrovich Michael Bakunin - (1814-1876)

Bakunin, o mais brilhante entre todos os anarquistas, pertencia a uma rica família de proprietários de terras da Rússia. Alguns membros da família de sua mãe tinham participado do levante decembrista de 1825, mas de início a rebelião de Bakunin teve caráter filosófico, quando ele descobriu Hegel e Fichte. Foi Herzen que iniciou a sua conversão para ao radicalismo político, e mais tarde, 1843, quando completava seus estudos filosóficos na Europa, ele se tornou um revolucionário graças à influência de Wilhelm Wietling e Proudhon. Durante os anos de 1848-49, tomou parte ativa nas rebeliões que ocorreram em Paris, Praga e Dresden; capturado após o fracasso da rebelião de Dresden, esteve preso em prisões da Saxônia e da Áustria, tendo sido entregue posteriormente à polícia do czar. Depois de um longo período de internamento na fortaleza de Pedro-e-Paulo, onde o escorbuto provocou a perda de seus dentes, foi enviado para a Sibéria, conseguindo mais tarde fugir para os Estados Unidos e Europa. Participou de uma fracassada revolta na Polônia e, tendo abandonado definitivamente suas idéias pan-eslávicas, desenvolveu uma série de teorias anarquistas e fundou uma organização política secreta, Aliança da Social Democracia. Em 1868, juntou-se à Internacional e liberou a corrente que se opunha a Marx; foi oficialmente expulso da Internacional em 1872, mas muitos membros oriundos da Itália, Espanha, Bélgica, França e Suíça saíram com ele, fundando uma organização independente, a chamada Internacional St. Imier. Na década que se iniciou em 1870, Bakunin tomou parte nas revoltas de Lyon e Bolonha, acabando por morrer em Berna, onde foi sepultado. Sua obra escrita é vigorosa, mas muito mal organizada; o próprio Bakunin confessou a Herzen que não tinha qualquer noção de arquitetura literária, e só muito raramente conseguia concluir qualquer trabalho mais longo do que um artigo. Era um ativista e talvez a sua mais importante contribuição à causa tenha sido como fundador do movimento anarquista histórico, que acabaria com a destruição das organizações anarco-sindicalistas espanholas ocorrida em 1939.

Anarquismo-Correntes do Anarquismo

Acompanhando toda a história da humanidade, nos deparamos com uma série de práticas anárquicas na cultura dos povos e dos movimentos de libertação contra reis, imperadores, senhores, patrões e demais arautos da opressão. O Anarquismo enquanto sistema de pensamento e de ação passou por diferentes experiências através dos tempos. As diversas correntes históricas hoje apresentam-se muito mais como tendências dentro do Anarquismo. O Anarquismo Revolucionário se tornou a corrente majoritária do Movimento Anarquista Internacional em fins do século XIX, e envolveu principalmente coletivistas, sindicalistas e comunistas libertários. É essencial ressaltar que a série que se segue não é nenhuma linha evolutiva, mas marca apenas o surgimento de formas mais sistematizadas do Anarquismo no que costuma-se chamar de civilização, ou seja, no berço da resistência às sociedades mais tirânicas, e que, de alguma forma, todos os valores presentes nessas diferentes correntes estão entranhados na própria história das aspirações e relações humanas desde tempos remotos.

O Anarquismo filosófico - Lança o sistema de valores de uma sociedade livre e igualitária, sem governantes e governados, opressores e oprimidos, exploradores e explorados. Surge desde a antigüidade da China até a Grécia.

O Anarquismo individualista - Observa a sociedade como a soma de um conjunto de seres indivíduos, e não como um organismo personificado e alheio que os absorve ao tomar vida própria. As responsabilidades sociais de cada sujeito devem se dar, portanto, em relação a outros indivíduos, e não com uma sociedade abstrata, o Estado. Surge na Inglaterra e na França, desde fins do século XVIII e se apresentou com bastante força enquanto doutrina em momentos em que o anarquismo esteve menos organizado enquanto um movimento.

O Anarquismo mutualista - A primeira organização prática com bases Anarquistas surge a partir da corrente mutualista, no continente europeu do século XIX. O mutualismo está baseado no associativismo e no cooperativismo, ou seja, na associação livre de pessoas que apoiam-se mutuamente para garantir as condições de produção sem exploração. Os meios de produção podem permanecer sendo utilizados de forma individual, mas o produto final pertence a quem trabalhou nele diretamente, portanto não permitindo o seu usufruto pelas classes parasitas.

O Anarquismo federalista - Desdobramento da organização anarquista e do apoio mútuo em uma forma mais ampla, prevê a formação de redes de relações igualitárias e solidárias entre as diferentes associações. Uma federação de cooperativas, uma federação de profissionais ou uma federação de associações de bairro ou municípios estão entre muitas das alternativas de uma organização federativa. É uma forma de organização política e econômica da sociedade libertária em maior escala. Desenvolve-se a partir das idéias mutualistas.

O Anarquismo coletivista - Prega a necessidade de expropriação revolucionária imediata de toda a propriedade excludente pelos trabalhadores para reorganizar a sociedade e a produção com bases libertárias. Todos os instrumentos de trabalho devem ser coletivizados. Está na origem do Movimento Anarquista Histórico. Desenvolve-se na segunda metade do século XIX, a partir das experiências da Primeira Internacional. Defende a luta de classes para promover a revolução social, o fim das classes, e que a mesma deve, e só pode ser feita sob o controle direto dos próprios trabalhadores, sem qualquer forma de controle Estatal.

O Anarquismo comunista - Reivindica a abolição de todo sistema de salários e preços, e o controle de toda a economia pela comuna popular. Tanto os meios de produção quanto os próprios bens produzidos, devem ser propriedade comum. Surge com bastante força em fins do século XIX e o princípio adotado é "de cada um conforme as suas capacidades, e a cada um conforme as suas necessidades". O fundamento teórico para a comunhão total dos bens é a de que todo trabalho é social, e de que os instrumentos com que se produz e a terra cultivada em que se colhe a vida são o resultado de um trabalho humano milenar e da grande obra da natureza desde tempos remotos, e portanto, pertencem não a um determinado homem ou mulher, mas à Terra por inteiro e a toda a humanidade. Marcou presença durante as experiências mais revolucionários da história contemporânea, principalmente na Ucrânia e na Espanha.

O Anarquismo sindicalista - Encontra no Sindicalismo Revolucionário uma forma dos trabalhadores assumirem o controle direto da revolução social e sobre a produção. Surge na França, da cisão dos sindicatos revolucionários com os sindicatos reformistas, na última década do século XIX. Impulsiona o Movimento Operário Internacional, com forte presença em quase todos os países da Europa, da América e da Oceania, além de organizar fortemente a luta operária em outros continentes. Representa o auge do movimento operário combativo em todo o mundo.

Coletivo Domingos Passos - Niterói, 2001.

Anarquismo-O Surgimento do anarquismo no Brasil

O anarquismo no Brasil é algo especial- é favorável em alguns pontos e desfavorável em outros. Ele derivou principalmente da literatura e experiências socialistas européias.

Seu desenvolvimento, contudo, resultou da própria experiência brasileira embora a evolução de sua teoria e prática tenha mudado de maneira semelhante à do movimento anárquico europeu. O lado ruim é a baixa instrução das massas populares, aqueles que sabem ler são a minoria e os que sabem escrever são mais raros ainda.

O lado bom é que não há socialistas no Brasil, o único grupo que nos atiça é o dos carregadores e anexos do Rio, muito bem organizados em torno de bons advogados.

Edgar Rodrigues exalta que no Brasil, as primeiras experiências anarquistas foram antes mesmo da chegada dos imigrantes: nos quilombos. Lá, tudo era de todos, terras, produção agrícola e artesanal: cada um retirava o necessário.

Depois por volta de 1890, o sul do Brasil teve uma fracassada experiência anarquista, financiada pelo imperador.

No fim do século XIX, as aspirações anarquistas no Brasil ganharam vigor. A greve de 1917 foi comandada em sua maioria por anarquistas, a infinidade de jornais libertários da época inclusive atestaram a força e organização dos anarquistas do Brasil na época.

A primeira iniciativa dos anarquistas brasileiros foi tentar expandir o seu trabalho através do voluntarismo. Os primeiros jornais anarquistas e anarco-sindicalistas tentaram se sustentar apenas de contribuições, porém, os militantes eram poucos e não possuíam muitos recursos econômicos. Assim, poucos foram os jornais anarquistas que publicaram mais de cinco números, todos pediam exaustivamente contribuições em seus editoriais. A terra livre, o jornal melhor sucedido antes da primeira guerra mundial, só editou setenta e cinco números em cinco anos. O tempo passava e os anarquistas procuravam um suporte financeiro mais eficaz, passaram a vender assinaturas; usaram de recursos outrora considerados corruptos, como rifas e festas.

Estas últimas eram freqüentes, e seu êxito dependia muito mais das atrações sociais do que de sua dedicação ideológica.

As teorias e táticas do anarco-sindicalismo infiltraram se no Brasil através de livros do teóricos sindicalistas residentes na França. Como em todos países onde penetraram essas teorias difundiram se no Brasil através da imprensa, de panfletos, e das decisões dos congressos operários dominados por anarco-sindicalistas.

"A ação direta era a bandeira do sindicalismo revolucionário" . Cada ação direta, greves, boicotes, sabotagens, etc, era considerada um meio dos trabalhadores aprenderem a agir de uma maneira solidária na sua luta por melhores condições de trabalho, contra o seu inimigo comum, os capitalistas. Cada uma dessas ações diretas é uma batalha na qual o proletário conhece as necessidades da revolução por meio de sua própria experiência. Cada uma delas prepara o trabalhador para a ação final: a greve geral que destruirá o sistema capitalista.

Nestas ações, considerava violência algo aceitável, sendo justamente este o fato que distinguia o anarco-sindicalismo das outras formas de sindicalismo brasileiras. A sabotagem, eram considerada especialmente eficaz para o proletariado, se não pudessem entrar em greve, estes, poderiam agredir seus exploradores de outra forma, empregando a filosofia de que para um mau pagamento há um mau trabalho. A destruição de equipamentos tocaria no ponto fraco do sistema, pois as máquinas são mais difíceis de se substituir do que os trabalhadores.

Hoje em dia, ainda há no Rio e na Bahia jornais anarquistas, que publica a história do anarquismo e edita anarquistas brasileiros.

Anarquismo-A Imoralidade do estado

A existência de um simples e único Estado necessariamente pressupõe a existência, e se necessário provoca a formação de diversos Estados, sendo natural que os indivíduos que se acham fora deste Estado e que são ameaçados por ele na sua existência e liberdade, deveriam virar-se contra ele. Aqui temos a humanidade partida em diversos Estados que são estranhos, hostis e ameaçadores entre si.

Não há direito comum, e nenhum contrato social entre eles, porque se um contrato e direito destes existissem, os vários Estados não mais seriam absolutamente independente um do outro, tornando-se membros federados de um grande Estado. A não ser que este grande Estado abrangesse toda a humanidade, seria necessário ter contra ele a hostilidade de outros grandes Estados, federados internamente. Desta forma, a guerra seria sempre a lei suprema e necessidade inerente da existência humana.

Todo Estado, seja ele de um caráter federativo ou não-federativo, deve procurar, sob a pena de absoluta destruição, tornar-se o mais poderoso dos Estados. Ele deve devorar os outros para que não seja devorado, conquistar para que não seja conquistado, escravizar para que não seja escravizado - porque duas forças similares e ao mesmo tempo alheias, não podem co-existir sem destruir uma à outra.

O Estado então é a mais escandalosa negativa, a mais cínica e completa negativa da humanidade. Ele estraçalha a solidariedade universal de todos os homens sobre a Terra, e une alguns deles somente para destruir, conquistar e escravizar todos os restantes. Ele tem sob sua proteção somente os seus próprios cidadãos, e reconhece direitos humanos, bondade e civilidade apenas dentro das dimensões de suas próprias fronteiras. E como ele não reconhece nenhum direito fora de seus domínios, ele atribui a si mesmo o direito de tratar com a mais feroz desumanidade todas as populações estrangeiras, que ele pode roubar, exterminar, ou subordinar de acordo com sua vontade. Se ele demonstra generosidade ou bondade para eles, ele não o faz por nenhum sentimento de dever fazê-lo: e isto porque não há dever senão para com ele, e para aqueles que o formam, através de um acordo mútuo e livre.

Como não há legislação internacional, e como isto não pode nunca existir de uma maneira séria e real sem demolir-se os reais bases e princípios da soberania dum Estado absoluto, o Estado não pode ter nenhum dever para com populações estrangeiras. Se então ele trata humanamente um povo conquistado, se não extermina e pilha completamente este, e não o reduz ao mais completo estado de escravidão, ele age desta maneira talvez por considerações de conveniência e prudência política, ou ainda talvez por pura generosidade, mas nunca por obrigação - porque ele tem um direito absoluto de dispor deles da maneira que quiser.

Esta flagrante negação de humanidade, que constitui a real essência do Estado, é do ponto de vista do segundo a suprema obrigação e a maior virtude: é chamado patriotismo e constitui a moralidade transcendente do Estado. Nós o chamamos de moralidade transcendente porque normalmente ele transende o nível de moralidade humana e justiça, seja privada ou pública, e por isso ele freqüentemente coloca-se em contradição. Então, por exemplo, para ofender, oprimir, roubar, saquear, matar, ou escravizar um companheiro, é para a moralidade comum dos homens, cometer um grande crime.

O que são punk's?

Punk's na maioria dos filmes ou na maldita mídia são um bando de desordeiros que saem em grupos roubando velhinhas inocentes e destruindo tudo o que vêem pela frente, que se drogam até morrer e que não tem ideologia nenhuma, a não ser a ideologia da violência.

Mas isso não expõem a realidade sobre os punk's, eles na verdade apenas desejam uma forma de governo mais justa não dividida em classes sociais, eles são contra o capitalismo pois é esse o causador de tanta violência, roubos, seqüestros, assassinatos, violências urbanas em geral, isso acontece porque o capitalismo é um sistema sócio-econômico que influência muito a ganância das pessoas em querer sempre serem melhores que as outras, e isso é ruim porque enquanto houver o dominador haverá sempre um dominado e é bem aí que começam os conflitos.

O consumismo é uma característica bem marcante do capitalismo tem gente que se mata de tanto trabalhar para no fim do mês torrar todo seu mísero dinheiro comprando roupas de marca e tênis de R$ 150,00, porque no capitalismo você só é alguém se tem alguma coisa, você só é alguém se usa o que aparece na mídia pois se você não tem as coisas da moda você não é nada, você é considerado um lixo, por isso os punk's são anti-consumismo e anti-modismo.

Enquanto o homem for ganancioso e se levar pela aparência e pelo status superficial de felicidade que o dinheiro propõe, enquanto o homem não aceitar que independentemente de seu modo de vestir e de pensar ele pode ser igual aos outros o mundo vai continuar a merda auto-destrutiva que é, mas quando eu disse "não aceitar ser igual aos outros", eu quis dizer de não ser melhor que os outros por sua aparência, pelo seu dinheiro, pela sua profissão, eu não quis dizer que devemos todos fazer as mesmas coisas e pensar do mesmo jeito, é que o homem acostumado com o capitalismo é ensinado a não aceitar ter menos que os outros, o homem sempre está querendo superar os outros para ele não basta ter o que os outros tem, ser bom como os outros só se isto resultar em algum tipo de lucro ,e isso é o que torna o homem tão auto-destrutivo, devemos nos contentar em ter o básico, apenas o necessário para viver, assim viveremos melhor e também não passaremos necessidades.

Mas você deve estar se perguntando:

Mas se os Punk's não querem o capitalismo que forma de governo eles apoiam?

Eles são contra o governo e sim a favor do anarquismo, onde todos podem fazer o que quiserem mas sem interferir na liberdade do próximo, todos são iguais não há guerra, nem exércitos, ninguém manda em ninguém.

O Anarquismo, é um sistema político onde não há governo ou seja é um sistema onde existe a falta de algum poder centralizado, nele não existe patrões nem empregados.

Existem alguns caras que se acham punk's porque pensam que ser punk é coisa de revoltado sem causa, e acham que a Anarquia é só zona (idéia divulgada pela MALDITA mídia e pelos governos ao longo dos anos), mas quando descobrirem que no Anarquismo as pessoas podem ser bem mais organizadas estes irão dizer que acham chato ser punk e irão desistir do movimento, outros abrirão os olhos e verão o que é melhor, mas esses não são os verdadeiros punks, os verdadeiros punks sabem que o movimento punk não é uma moda, e nem uma coisa passageira e sim um estilo de vida.

No anarquismo é preciso trabalhar para viver, nele é dado um maior valor ao esforço de um simples agricultor pois sem ele você não comeria frutas, legumes, verduras e morreria comendo essa comida industrializada e cheia de produtos químicos, mas como tudo no capitalismo o que realmente vale para eles não tem o mínimo valor, muitas vezes o agricultor que nos abastece, passa fome pois não tem o maldito capital que é preciso para que ele compre o que produz! No anarquismo isso não existe, ele produz e pega o necessário para ele e o resto do produto ele pode trocar por outros alimentos ou produtos necessários para ele, sua família viverá sem luxo mas também sem faltar nada e com uma felicidade que nenhum dinheiro na face da terra pode conseguir.

Agora veja o exemplo do capitalismo, uma pessoa produz 7 caixas de um certo alimento e esse é vendido por ele por $ 1 a caixa dentre todos os intermediários desse produto o mesmo chega até você custando $ 7 a caixa! No anarquismo não existe essa burocracia esta horrenda vontade de sempre ter mais capital chegando até a matar para conseguí-lo.

Movimento Punk II

A contestação contra o sistema de coisas tornou forma ideológica através do Punk. Com o visual fugindo dos padrões que a sociedade impõe através do modismo, mostrando sua revolta pelo corte de cabelo à moicano (ou cabelos espetados) coloridos, roupas velhas surradas (em oposição ao consumismo), jaquetas arrebitadas com frases de indignação às injustiças do Estado repressor e a atitude subversiva, se mostra o PUNK. Esse movimento não fica calado, acomodado, como a maioria dos jovens e o povo em geral, fazendo manifestações, panfletagens, boicotes, passeatas: mostrando sua cultura e seu repúdio a todas as formas de facismo, nazismo e racismo, autoritarismo, sexismo e comando; vendo como solução a autogestão (ou seja anarquia) para a libertação dos povos, raças, homens e mulheres. Em palavras mais claras, autogestão seria a organização dos povos sem fronteiras nem lideranças autoritárias e partidárias, com plena igualdade, onde todos participariam da resolução dos problemas sociais. O punk também mostra sua cultura anticapitalista pelo FANZINE (jornal político-alternativo), pela música HARDCORE, som simples e direto, não comercializável, trazendo propostas políticas, seu comportamneto livre e objetivo, fazendo com que o Punk NÃO SEJA UMA MODA e sim um modo de vida e pensamento. Saiba e conscientize-se que Punk não é bagunça, muito pelo contrário é um movimento cultural de luta e ação direta, de liberdade de expressão e de comportamento. O movimento que surgiu a quase duas décadas, como contestação, evoluiu e evolui até hoje... Movimento Punk No Mundo Em meados da década de 70 o mundo se encontrava no auge da guerra fria, e uma Europa de pós-guerra, em constantes transformações sociais, se encontrava propicia para a formação de movimentos de transformações sociais, e foi lá, na Inglaterra, que surgiu um dos movimentos mais importantes deste século: O movimento Punk. Jovens, marginalizados pela sociedade, pobres e desempregados, começam a chocar a sociedade pelo seu modo agressivo de ser, de se vestir, e de agir. Tudo é contestação para os Punks, eles defendiam o Anarquismo e a liberdade individual, e manifestavam a sua rebeldia contra a hipocrisia, os privilégios, a sociedade conformista, as desigualdades sociais etc... Movimento Punk No Brasil Novos ares tomaram conta do país no início da década de 80. Só se falava na abertura política a liberdade parecia ter chegado para ficar. Ainda se comemoravam o fim do ato inconstitucional número cinco e a sanção da anistia no final da década passada. Um acontecimento trágico, porém, veio abalar o processo de democratização do país. No dia trinta de abril de 1981, duas bombas explodiram dentro de um carro no estacionamento do Rio centro (RJ), durante um show promovido pelo Centro Brasil Democrático, apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro. Foi o mais grave em uma seqüência de ataques, até então, dirigidos a bancas de jornal que vendiam publicações de esquerda. Ainda assim haviam mais espaço para quem quisesse mostrar suas idéias. A censura permanecia, mas não era tão pesada.

Pelo menos era o que os roqueiros que fundavam suas bandas no underground, sonhando em expor ao público suas idéias contestadoras. Aos poucos, o rock deixava de engatinhar e se apoiava nas próprias pernas. Era preciso dar um fim a discriminação sofrida pelos roqueiros dos anos 70 e criar uma alternativa para os monstros sagradas da MPB (Caetano Veloso, Chico Buarque, etc.) E para as cantoras (Simmone, Maria Betânia, etc.) Que dominavam a programações das rádios. Antes da explosão, porém, havia mais alguns caminhos a serem percorridos. Com apenas dois anos de atraso, o movimento punk havia chegado a São Paulo em 1987. Mas no início, resumia-se a pequenas gangues de adolecentes que imitavam a roupa e as atitudes dos punks ingleses, mas não a música. Na Inglaterra, os jovens haviam começado a exibir seu descontentamento com os dinossauros do rock progressivo em 1975. Eles queriam uma música que retesse seu dia-a-dia e que pudesse ser tocada por qualquer um - e não por instrumentais virtuosos. Resultado o punk music, um rock de três acordes, rápido, cru e agressivo. Grupos como Sex Pistols e The Clash serviriam de inspiração para as primeiras bandas punks brasileiras que pipocavam em São Paulo e Brasília nos idos de 1978. Tudo ainda acontecia, porém, no underground, onde os grupos como AI-5, Lixomania ou Restos de Nada apresentavam-se para os iniciados. Em 1982, o público, finalmente, tomaria conhecimento da nova tendência. Primeiro com o lançamento do primeiro disco de punk do brasileiro: Grito Suburbano, que reuniria: Os Inocentes, Cólera e Olho Seco. Depois , Com a realização do festival O Começo Do Fim Do Mundo, o primeiro grande evento de punk realizado no Brasil. O acontecimento, que terminou em confronto com a polícia, teve ampla cobertura da imprensa. Em manifesto aberto ao público, os punks declararam: "Nosso movimento surgiu numa época de crise e desemprego com tal força que logo se espalhou pelo mundo, e cada um, á sua realidade, adotou esse tipo de protesto, punk ...", dizia o folheto. Clemente Tadeu, o vocalista de Os Inocentes, era mais direto: "Nós estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira, pintar de negro a asa branca, atrasar o trem daz onze, pisar sobre as flores do Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer". Não seria fácil, porém. O caso de Os Inocentes é exemplar. Apesar de terem fundado o grupo em 1981, Clemente Tadeu ( guitarra e vocal ), Ronaldo Passos ( guitarra ), André Parlato ( baixo ) e Tonhão Parlato ( bateria ) só conseguiram gravar seu primeiro disco em 1986. Pânico em São Paulo, lançado pela WEA, mantinha a energia do grupo, que contava com a produção de Branco Mello, dos Titãs, e Pena Schimidt. Daí para frente o grupo teria uma Carreira estável, com mais cinco discos lançados por gravadoras grandes. O mesmo não se pode dizer de outros grupos paulistas da mesma geração. O Cólera, um dos mais representativos do movimento, gravaria em 1985 ( Tente Mudar o Mundo ), mas ainda de maneira independente. Já o Olho Seco lançaria discos apenas esporadicamente - seu último trabalho é Havera Futuro?, gravado no ano passado. A influência dos grupos paulistas, porém, ficaria para sempre em grupos como Ira ( que fez seu primeiro show em um festival de punk, na PUC de São Paulo, em 1981 ), RPM ( seu guitarrista Fernando Deluqui, passou pela banda de punk Ignoze ), Legião Urbana ( herdeira dos punks de Brasília ou Titãs, o grupo que incorporou a influência punk em suas música. A origem era outra, mas os ideais os mesmo. Também no início dos anos 80, um bando de rapazes de classe média começou a se reunir em bandas. Tinham formação universitária e estavam mais ligados a MPB do que ao rock. O que os unia não era o conteúdo, mas a forma: todos gravaram de maneira independente, longe das grandes gravadoras. Realizavam, assim, um dos ideais punks mais importantes: o "do yourself", ou, traduzindo "faça você mesmo" .O selo, no caso, era o Lira Paulista, mesmo nome do lugar onde a maioria das bandas se apresentavam - entre eles, Arrigo Barnabé, Sabor de Veneno, Língua e Banda Performática ( de onde saíram dois integrantes dos Titãs, Arnaldo Antunes e Paulo Miklos ). Com a sucessão de acontecimentos desagradáveis com os punks, como os confrontos com a policia e com a volta da tetra entre as gangues, o punk perdeu a sua força. Poucas bandas conseguiram sobreviver a todos esses acontecimentos. Mas um dia os punks sonham que aconteça uma verdadeira revolução desmacificada. PUNK Uma pessoa inteligente, que sempre viveu numa família rica não é capaz de sentir realmente uma situação que não seja a sua realidade. Nunca saberá realmente o que é sentir o desespero de estar num ambiente beirando o crime, a fome, o desemprego, a falta de perspectiva, uma fila de hospital, ou não ter mais nada a não ser o básico para permanecer vivo. Sob este prisma pode-se esquecer em algum lugar imaginário e fora de alcance a educação, para preferir a sobrevivência. Assim, as crianças perdem rapidamente a inocência e o que predomina pode ser a revolta ou a alienação. A alienação povoa a maioria. Uma idéia básica do que é a revolta com a pobreza não basta, o mínimo de compreensão é obtido da própria experiência. Como enfrentar esta situação e o que podemos aprender dela, tentar manter a solidariedade com as outras pessoas é o que o bom senso manda. Isto pode marcar profundamente o caráter de uma pessoa, sua visão do mundo. Queiramos ou não, punk é um rótulo, que pode ser aceito com orgulho pelo próprio ou dito com o maior escárnio, arrogância e menosprezo por alguns que não vêem realmente a realidade que levou a este tipo de atitude. Este é normalmente o perfil do punk, um revoltado. Sim, punk é uma atitude de revolta, um perfil, que somente pode ser entendido e muito mais do que isso, sentido pelo cara suburbano que viveu com a miséria e a desesperança bem perto! É a agressão, como forma de autodefesa contra a malícia das pessoas. Acima de tudo, o punk se formou assim, e foi rotulado por se identificar ou ter algo em comum com o pequeno grupo, mais uma das minorias discriminadas! UM perfil, não O perfil: A contestação do que é imposto e tido como normal e legal! Nunca calar, sempre retrucar perante a desigualdade! Abaixo o racismo, fascismo, nazismo! Em idéias, em atos, em música, no cabelo, brincos, no visual! Roupas diferentes e muitas vezes velhas. O agredir a estética imposta! A música punk, é uma de suas maiores expressões. Sobre a arte, li uma vez: "Não existe, de resto, invenção artística importante sem rebeldia, sem ruptura com normas acadêmicas ou simplesmente vigentes, sem indisciplina teórica e sem a irreverência necessária ao sepultamento dos mestres. Contraditória figura, o mestre ensina, ilumina e mata. Depois de um certo caminho percorrido, o condutor deve desaparecer para que o conduzido reinvente o mundo. O presente e o futuro da arte alimentam-se da violência em relação ao passado. A cada dia, os criadores precisam assimilar e destruir o já feito. Antropofagia permanente." Quem é o (a) Punk? Você já se perguntou sobre a origem de certas "tribos urbanas" como por exemplo o grupo social dos punks? Quem são e o que querem os punks? Eles são uma gangue? Os punks são um movimento cultural e ideológico que visa a transformação na sociedade que busca justiça através de sua contra - cultura que nega todo o lixo cultural que é imposto pela burguesia. Os punks não são uma gangue, muito pelo contrário, os punks são uma irmandade, eles pregam a paz e a solidariedade entre os seres humanos e até os outros animais. (Pois os punks preservam a natureza). Mas e porque se vestem de maneira diferente? É uma moda? Não, nada do punk é uma moda, e sim um "modo" de vida. Esse grupo apresenta um conjunto de valores e de idéias que, normalmente, se contrapõe à ideologia (?) vigente. Um jovem ao raspar parte do cabelo (moicano) ou pintá-lo de verde ou qualquer outra cor que seja diferente, deseja de alguma forma chocar e agredir os valores sociais que julga conservadores, ou melhor, "primitivos". É uma forma particular e ao mesmo tempo grupal de protestos. O visual punk (que você deve pensar que é ridículo) é a negação do consumismo e todos os padrões estéticos vigentes, apesar de representar também o caos em que vivemos.

A sua simplicidade é uma forma de protesto contra a classe dominante. Mas apesar de ser o visual uma grande forma que contribui, o punk não se identifica apenas pelo visual e sim por sua postura ideológica e principalmente "suas atitudes". Grande parte são jovens que em sua maioria começaram a sua revolta dentro de casa por causa do autoritarismo de seus pais, eles sofrem a tradicional repressão familiar (devido é lógico a situação de miséria), mas tarde se tornam rebeldes com causa, é como disse o filósofo Leon Tolstoi: "Primeiro mude a si próprio para depois querer mudar o mundo". (significa dizer que a revolução primeiramente deve ser psicológica, que dá-se dentro do próprio indivíduo para depois pensar na revolução social). Mas o punk não vive só de negar o sistema, eles apontam uma opção de luta por uma vida livre. O punk tem mil motivos para se revoltar, por isso revida sem limites. O punk se opõe e odeia todo tipo de poder ou autoritarismo, tudo que oprime a liberdade de se expressar ou de pensar do ser humano, por isso eles dedicam a sua vida na luta por uma nova sociedade livre de qualquer preconceito, exploração. E essa sociedade é claro que só pode ser a plenitude de uma sociedade anarquista. O punk é anarquista por essência, é libertário por convicção e não por conveniência, por isso ele anarquiza o cotidiano e cotidianiza o anarquismo. Estão todos juntos por uma mesma causa, mas cada um é anarquista da sua forma, do seu jeito, por isso cada um tem seus métodos, na maioria das vezes a "ação direta", mas o que é mais importante é que se faça valer o seu lema "do it yourself" (faça você mesmo), por isso o punk além de altruísmo, significa também "responsabilidade". Uma de suas formas de protesto, de diversão, e de principalmente, divulgar a sua ideologia, é através também da música, "O Hardcore", um som simples e direto, que abordam letras coerentes com temas políticos, envolvendo a "realidade incógnita", é um som incomercializável, a palavra "fama" é estranha à essência do hardcore, pois não tem afinidade alguma em produzir lucro. "A dança", é o pôgo a qual expelem sua angústia, o seu sentimento, de emoção e repúdio. Pois ele ama o seu ódio e o amor, a coragem e o ódio juntos são mais fortes do que a hipocrisia e a ganância, mas o seu coração é muito forte e por isso resistiu até o fim, pois ele faz acontecer!

Movimento Punk

Você já se perguntou sobre a origem de certas "tribos urbanas" como por exemplo o grupo social dos punks? Quem são e o que querem os punks? Eles são uma gangue? Os punks são um movimento cultural e ideológico que visa a transformação na sociedade que busca justiça através de sua contra - cultura que nega todo o lixo cultural que é imposto pela burguesia. Os punks não são uma gangue, muito pelo contrário, os punks são uma irmandade, eles pregam a paz e a solidariedade entre os seres humanos e até os outros animais. (Pois os punks preservam a natureza). Mas e porque se vestem de maneira diferente? É uma moda? Não, nada do punk é uma moda, e sim um "modo" de vida. Esse grupo apresenta um conjunto de valores e de idéias que, normalmente, se contrapõe à ideologia (?) vigente. Um jovem ao raspar parte do cabelo (moicano) ou pintá-lo de verde ou qualquer outra cor que seja diferente, deseja de alguma forma chocar e agredir os valores sociais que julga conservadores, ou melhor, "primitivos". É uma forma particular e ao mesmo tempo grupal de protestos. O visual punk (que você deve pensar que é ridículo) é a negação do consumismo e todos os padrões estéticos vigentes, apesar de representar também o caos em que vivemos. A sua simplicidade é uma forma de protesto contra a classe dominante. Mas apesar de ser o visual uma grande forma que contribui, o punk não se identifica apenas pelo visual e sim por sua postura ideológica e principalmente "suas atitudes". Grande parte são jovens que em sua maioria começaram a sua revolta dentro de casa por causa do autoritarismo de seus pais, eles sofrem a tradicional repressão familiar (devido é lógico a situação de miséria), mas tarde se tornam rebeldes com causa, é como disse o filósofo Leon Tolstoi: "Primeiro mude a si próprio para depois querer mudar o mundo". (significa dizer que a revolução primeiramente deve ser psicológica, que dá-se dentro do próprio indivíduo para depois pensar na revolução social). Mas o punk não vive só de negar o sistema, eles apontam uma opção de luta por uma vida livre.

O punk tem mil motivos para se revoltar, por isso revida sem limites. O punk se opõe e odeia todo tipo de poder ou autoritarismo, tudo que oprime a liberdade de se expressar ou de pensar do ser humano, por isso eles dedicam a sua vida na luta por uma nova sociedade livre de qualquer preconceito, exploração. E essa sociedade é claro que só pode ser a plenitude de uma sociedade anarquista. O punk é anarquista por essência, é libertário por convicção e não por conveniência, por isso ele anarquiza o cotidiano e cotidianiza o anarquismo. Estão todos juntos por uma mesma causa, mas cada um é anarquista da sua forma, do seu jeito, por isso cada um tem seus métodos, na maioria das vezes a "ação direta", mas o que é mais importante é que se faça valer o seu lema "do it yourself" (faça você mesmo), por isso o punk além de altruísmo, significa também "responsabilidade". Uma de suas formas de protesto, de diversão, e de principalmente, divulgar a sua ideologia, é através também da música, "O Hardcore", um som simples e direto, que abordam letras coerentes com temas políticos, envolvendo a "realidade incógnita", é um som incomercializável, a palavra "fama" é estranha à essência do hardcore, pois não tem afinidade alguma em produzir lucro. "A dança", é o pôgo a qual expelem sua angústia, o seu sentimento, de emoção e repúdio. O punk é um ser humano como outro qualquer, mas com uma vantagem, são mais sensíveis porque vivem a "cruel realidade", não se deixam manipular pelas instituições dos poderosos, por isso, quanto mais sabem a realidade que os outros seres humanos não conseguem enxergar (mesmo na sua frente), mas ele se sente ofendido e mais o seu ódio aumenta, por isso ele é um ser aflito, sua rebeldia não é a toa e sua revolta é crescente, a sociedade está em decadência e tudo o que nos rodeia, nos transmite repúdio. Pois ele ama o seu ódio e o amor, a coragem e o ódio juntos são mais fortes do que a hipocrisia e a ganância, mas o seu coração é muito forte e por isso resistiu até o fim, pois ele faz acontecer!